quarta-feira, 24 de junho de 2009

"O MALANDRO NA PRAÇA OUTRA VEZ"

Fênix de fogo
POEMA PARA UM "FILHO DE RAPARIGA ARROMBADA"
(Expressão suprema de xingamento dos moleques de rua de Natal / RN)

DE AÇO
No ciberespaço
Feito fênix me refaço
Sem leitores no pedaço
Sem nenhum estardalhaço
A mim mesmo satisfaço
Pois notinhas eu não caço
Em blogs de calhamaço
De arrego no espaço
Vergando meu espinhaço
Levando chute no baço
Expondo até o chumaço
Postado sobre o inchaço
Em plena queda de braço
No terraço do palhaço
Mesmo estando no bagaço
De bobeira no mormaço
Contudo desembaraço
Desatando nó e laço
Retirando estilhaço
Sem manifestar cansaço
Por pouco não me desgraço
Na malha desse sargaço
Que me causou embaraço
Mas aqui eu me perfaço
Enxergando no embaço
Sou afeito ao cangaço
E de tudo me desfaço
Sentindo até o melaço
Descendo no antebraço
Nada digo e tudo traço
Novamente vou e faço
Cantar o mesmo sanhaço!
(GM)
NOTA DESTE NOVO BLOG: poeminha sacaninha feito após a implosão "forçada" (sabotagem) de O SOM DO VIALEJO.

2 comentários:

  1. Sucesso com o mesmo, porém mais "irado" Som do Vialejo. Apesar da sutileza das mudanças visuais, achei melhor que o outro. E adorei o poema de estréia. Vou usá-lo, com a sua permissão, quando precisar "desabafar". Só preciso me recuperar do "cansaço" que me deixou um verdadeiro "bagaço" nos últimos meses. Assim, farei jus aos versos. Mas me recupero logo, inspirando-me nos versos de Cacaso, musicados por Edu:

    "Não guardo mágoa, não blasfemo, não pondero
    Não tolero lero-lero, devo nada pra ninguém
    Sou descansado, minha vida eu levo a muque
    Do batente pro batuque faço como me convém.
    [...]
    Por onde passo deixo rastro, deixo fama
    Desarrumo toda a trama, desacato Satanás".

    Beijos e boa sorte, Graco!

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  2. Pois é, como remete o próprio título do post, o "Chico do PT", apesar de pó de arroz, também manda legal em "A Volta do Malandro":

    "Eis o malandro na praça outra vez
    Caminhando na ponta dos pés
    Como quem pisa nos corações
    Que rolaram nos cabarés
    Entre deusas e bofetões
    Entre dados e coronéis
    Entre parangolés e patrões
    O malandro anda assim de viés

    Deixa balançar a maré
    E a poeira assentar no chão
    Deixa a praça virar um salão
    Que o malandro é o barão da ralé".


    Beijus e tapiocas.

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